CONCURSOS NA ÁREA DAS ARTES | por Paulo Esteireiro

CONCURSOS NA ÁREA DAS ARTES | por Paulo Esteireiro

Os concursos nas áreas artísticas são muitas vezes observados com desconfiança pelos próprios artistas e professores de artes. Frequentemente são olhados com algum sarcasmo pelo aparato “político” e conjuntural que os rodeia e desconfia-se constantemente das regras dos concursos, quase sempre criticadas como pouco justas e transparentes. Se no caso do desporto, em que a objetividade da avaliação é em princípio muito maior do que nas artes (“a bola entrou ou não?”) – e mesmo assim nem sempre parece possível escapar a um debate complexo e faccioso –, no caso das artes o problema agrava-se e o reconhecimento pela verdadeira originalidade e valor artístico acarreta um grau de subjetividade muito maior. Assim, organizar um concurso artístico é sempre um exercício de alguma complexidade em que, no final, é sabido, irá haver críticas.
De qualquer modo, é essencial aceitar esta subjetividade e ver igualmente o lado positivo dos concursos. Como poucas atividades, os concursos potenciam valores muito importantes e que são centrais nos trabalhos artísticos em contexto profissional, tais como: exigência, originalidade, persistência, criatividade, espírito competitivo, rigor, coragem, constante superação de obstáculos, entre outros. Infelizmente, as críticas fáceis aos concursos têm ganho frequentemente e existem ainda poucos concursos, na minha opinião, que ajudem os nossos jovens a estimular todo o seu potencial artístico.
Neste âmbito, a Direção Regional de Educação, através da Direção de Serviços de Educação Artística e Multimédia encontra-se numa situação privilegiada para a organização de concursos e consequente reconhecimento de mérito, tendo uma história relevante no âmbito nacional da educação artística. Entre os vários concursos que organiza destacam-se o Concurso Jovens Artistas, o Festival da Canção Infantil da Madeira (nos últimos anos Festival da Canção Infantojuvenil da Madeira), os Concursos de Expressão Plástica e o Concurso de Curtas-Metragens (em parceria com o Centro de Atividades Ocupacionais de Machico e integrado no Programa Educamedia).
Este último concurso – Curtas-Metragens – está agora em destaque, estando abertas as inscrições até ao próximo dia 18 de março. Este ano decorre a sua sexta edição e tem como tema “Ao sabor da terra”, que poderá ser interpretado de forma livre pelos participantes. Podem concorrer todas as escolas da Região Autónoma da Madeira (RAM), bem como público geral, sendo os projetos passíveis de serem desenvolvidos individualmente ou em grupo.
O 6.º Concurso de Curtas-Metragens foi ligeiramente reformulado este ano e tem oito categorias a concurso, sendo seis delas as denominadas categorias técnicas, mais concretamente: a Imagem, Som, Representação, Banda sonora, Guarda-roupa e Adereços e Curta-Metragem de Animação; e duas categorias gerais, a Melhor Curta-Metragem Escolar e o grande prémio de Melhor Curta-Metragem.
Embora a inscrição tenha de ser feita até 18 de março, os vídeos finais podem ser entregues até ao dia 16 de maio de 2016. A cerimónia de atribuição de prémios aos vencedores realizar-se-á no dia 21 de junho de 2016, incluída no Festival de Audiovisual e Cinema Escolar (FACE), no âmbito da Semana Regional das Artes de 2016, da DSEAM.
O 6.º Concurso de Curtas-Metragens pretende reconhecer e premiar o trabalho realizado na área do vídeo de curta duração (até 3 minutos), posicionando-se desta maneira, como um instrumento importante na promoção da criação de conteúdos audiovisuais na RAM.
A inscrição é feita através do link http://goo.gl/zSdPLQ onde poderá encontrar mais informações.

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