Sérgio Borges (Parte I) “O vencedor do Festival RTP da Canção”



A competição e convívio entre os povos europeus não se faz apenas no meio desportivo. Na música, os países europeus já concorrem entre si desde 1956, através do Festival da Eurovisão da Canção. Deste modo, celebra-se em 2006 os 50 anos deste importante acontecimento musical europeu.

Portugal não entrou logo desde o primeiro Festival, mas foi um dos primeiros países a aderir a este evento europeu no ano de 1964. Nesse ano, a 2 de Fevereiro, a RTP organizou o primeiro Festival RTP da Canção, cabendo a honra da vitória ao cantor António Calvário, com a canção “Oração”, que representou Portugal no Festival da Eurovisão, em Copenhaga (Dinamarca). O olhar dorido e os gestos religiosos de António Calvário não convenceram na Dinamarca e a canção portuguesa não obteve, infelizmente, qualquer ponto nesta sua primeira participação na Eurovisão.

O primeiro madeirense a participar no Festival RTP da Canção como intérprete foi o cantor Sérgio Borges, com «Eu nunca direi adeus». Logo na primeira participação, em 1966, o cantor ficou num honroso 2.º lugar, tendo apenas ficado atrás da cantora Madalena Iglésias, que ganhou com a famosa canção «Ele e Ela».

Quatro anos mais tarde, em 1970, Sérgio Borges venceu mesmo o Festival RTP da Canção, sendo o primeiro madeirense a conseguir tal proeza. Como curiosidade, refira-se que o músico madeirense ficou à frente de cantores como Paulo de Carvalho e Fernando Tordo, numa época em que o Festival tinha muito mais impacto social do que na actualidade, sendo seguido atentamente em todo o país, como um dos maiores eventos do ano.

Mas qual foi o percurso de Sérgio Borges antes de chegar à vitória do Festival? Quais foram os caminhos que o cantor percorreu até chegar ao topo do mundo da canção portuguesa?
Sérgio Borges começou a sua carreira de músico no seio do Conjunto Académico João Paulo. O grupo nasceu no Liceu Jaime Moniz, no início da década de 60, e foi influenciado pela nova vaga de grupos musicais e cantores dos Anos 60, ao estilo dos Beatles.

Após um período de aprendizagem e de actuações no Funchal, o grupo deu o salto para Lisboa. Em 1964, o grupo ganhou um dos concursos de música realizados na Madeira – uma promoção da Rivus, no antigo Cine-Parque – e foram premiados com actuações no continente, na Rádio e na TV. Na televisão, o grupo participou no programa musical “T.V. Clube” e obteve um grande sucesso, que catapultou a música do Conjunto a nível nacional. O êxito teve tal dimensão que os músicos madeirenses acabaram por decidir radicar-se em Lisboa, de modo a dar continuidade ao sucesso obtido.

Os anos de 1965 e 1966 foram fantásticos para o Conjunto. Em pouco tempo, tiveram a oportunidade de gravar discos, entre os quais se destaca o «Hully Gully do Montanhês», e começaram a ser clientes assíduos em emissões de rádio, televisivas e em espectáculos.
Entre os espectáculos de maior sucesso, neste início de carreira em Lisboa, salientam-se os realizados no Teatro Politeama e mais tarde no Teatro Monumental. No Politeama, durante um mês e meio, o Conjunto tocou para casas sempre cheias, num ambiente ao estilo dos Beatles... fãs a gritar e a desmaiar na plateia. Pouco tempo depois, no Teatro Monumental, o Conjunto teve a confirmação do sucesso: enorme histerismo e os mesmo desmaios, numa reacção do público inovadora em Portugal e que marcaria o início de uma nova era musical. Este sucesso foi coroado em 1966 com a primeira participação de Sérgio Borges como intérprete no Festival RTP da Canção, onde alcançou o honroso 2.º lugar (continua no próximo número).

Comentários

Anónimo disse…
O que dizer do último comentador ao artigo: quem não tem nada para fazer, não consegue dizer mais nada do que aquilo que disse: nada que tenha valor (é a tristeza em estado puro).
Um abraço, continua ESteireiro
Anónimo disse…
É sempre um prazer recordar esta excelente voz da nossa infância(da minha, pelo menos).

O Conjunto Académico João Paulo conseguiu o prodígio de, sem alaridos, pôr o «rock» português dos anos 60 na ordem do dia, enquanto o «misturava», nos discos, com canções então mais «acessíveis» (não esquecendo que a segunda língua ainda era, por cá, o francês; e a terceira, o italiano).

Sempre achei que Sérgio Borges merecia um lugar de direito na história do nosso «rock» dos primórdios: tal como os Sheiks ou os Claves, ou ainda os Rocks.

Mas a memória, num país semi-analfabeto, é tão curta - que nem chega para recordar que, se a não tivéssemos, nem saberíamos falar (e muito menos escrever). E o que não falta por aqui é gente que não sabe nem uma coisa nem outra.

Parafraseando Frank Zappa: «a maioria das pessoas não saberia o que é boa música nem que ela viesse mordê-las no rabo!»

Por acaso alguém saberá se Sérgio Borges ainda canta????
Anónimo disse…
Sim, alguém responda a esta pergunta por favr e para quando a continuação da história'
Unknown disse…
Segundo sei, o Sérgio Borges cantou até há bem pouco tempo no Casino da Madeira. No entanto, nos últimos tempos, tem estado afastado dos palcos por motivo de doença.
Anónimo disse…
O Sérgio Borges à 2 anos atrás deu um Concerto Espectacular no Centro de Congressos da Madeira, a casa estava completamente cheia...e teve a presença dos restantes membros do Conjunto: João Paulo, Carlos Alberto, Angelo Moura...infelizmente neste momento está a recuperar da doença muito bem...se não fosse o seu amor pela música
Anónimo disse…
Lamento que o Sérgio esteja doente. Quando o Daniel Borges diz "os restantes membros" quer dizer que os outros já faleceram? Eu sou fâ do Sérgio Borges desde pequenina, acho que em Portugal não há voz que se compare à dele, mas não sei absolutamente nada sobre ele, nem sequer o nome completo ou a data de nascimento. Daniel, pode ajudar-me?
Anónimo disse…
Claro que posso ajudar..já faleceu o Gualberto que era o baterista, o João Paulo teve uma trombose à bem pouco tempo, mas está a recuperar muito bem..os restantes elementos estão muito bem de saúde...o nome do Sergio Borges completo é Sergio Justo Camacho Borges, nasceu a 18/10/1944.
Anónimo disse…
Daniel, muito obrigada. O apelido igual é coincidência ou são familiares?
Anónimo disse…
Sou filho do Sérgio...mas tb sou um grande fã do meu pai...e obrigado por todo o carinho que tem pelo meu pai e por todo o Conjunto Académico João Paulo.
Unknown disse…
Daniel,
um grande abraço para si e para o seu pai.
Já agora, sempre quis saber a história "por detrás" de "Onde vais rio que eu canto". Sabe se há algum simbolismo contra a guerra colonial na música?
PE
Anónimo disse…
Por acaso não sei da simbologia da música " aonde vais rio que eu canto", mas posso perguntar ao meu pai..já agora aproveito para dizer que o meu pai lançou a 2 anos atrás um cd novo intitulado "40 Anos a Cantar", só que é uma edição limitada pois só foram feitos 1000 cds...é bem bom o CD,só é pena que não tenham sido enviados por Portugal inteiro, UM Abraço dos Borges.
Anónimo disse…
Mais uma vez obrigada, Daniel. Eu preciso saber mais coisas, mas não encontro entrevistas ou biografias em lado nenhum. Tem ideia onde posso encontrar informação?
Obrigada desde já.
Unknown disse…
Cara "anónima"
tenho em minha posse, um dossiê com algumas entrevistas realizadas ao Sérgio Borges.

Se quiser consultá-las, pode dirigir-se ao Centro de Investigação e Documentação do GCEA (caso resida na Madeira)ou enviar-me o seu e-mail, para pelo menos lhe enviar uma entrevista.

PE
Anónimo disse…
Mas que maravilha, voltar aqui ao blog e encontrar respostas sobre a minha demanda do Sérgio Borges. Pessoalmente, estive para ter um irmão com o nome dele... porque a minha mãe adorava-o e tinha todos os discos do Conjunto João Paulo. Ouço-o desde os 6 anos. Levei algum tempo, passada a adolescência, a «recuperar» esta memória, enterrada algures num nicho da mente. Hoje, tenho todos os CDs editados do Conjunto e tento reunir os antigos EPs dos anos 60 e 70.
Também escrevo (sou jornalista), e gostaria de mandar alguns livros ao Sérgio Borges, só porque sim. Só porque gostava que ele lesse um pouco do que fiz. Como eu ouvi quase tudo o que ele cantou. Afinal, sem nunca o saber, ele sempre foi «família». Será que posso enviar estas modestas «prendas» para o Casino do Funchal? - É que moro em Lisboa e, de outro modo, posso nunca ter a sorte de me fazer «apresentar». Como este blog está a dar para o emotivo, acho que me perdoarão a «fraqueza»...
Ele há coisas da nossa infância que nunca mais nos largam. Ah, aquela voz magnífica!
:-)
Anónimo disse…
Srª Ruth, pode enviar para o Casino da Madeira, mas neste momento o Sérgio Borges está de baixa...penso que só voltará para o ano, embora ele esteja sempre em contacto com o Casino da Madeira.. eu tenho a morada de casa, eu posso enviar-lhe por email se estiver interessada!!...já agora já ouviu o ultimo CD do Sérgio Borges, com novas músicas que nunca tinham sido lançadas??
Anónimo disse…
Tenho muito gosto em estar em contacto consigo, Rafael Borges! Já tenho aqui (por vias «jornalísticas» de investigação) a morada do Sérgio, e vou mandar-lhe os livros. Espero que ele me não leve a mal. Também segue um desenho da minha filha de 10 anos que é a terceira geração de fãs da mesma família!

É este o fascínio dos blogues e da internet em geral. Como pessoas que nunca se encontrariam acabam por comunicar. Pode pedir ao autor do blogue (o excelente Paulo Esteireiro) o meu contacto de email. Não o ponho aqui pelas razões óbvias. Adorava saber mais sobre como vão as coisas com os antigos membros do Conjunto Académico, e também como posso encontrar o CD de que me fala e que não tenho. Acha que pode ser encomendado numa loja tipo FNAC, ou similar, aqui em Lisboa? - Infelizmente, e como deve saber, a Valentim de Carvalho está em vias de desaparecer totalmente como editora e/ou discoteca(s).

Um abraço para todos os Borges da Madeira, e sinceros desejos de melhoras para o «nosso» Sérgio. Estive aí só uma vez e atrevo-me a dizer que o Funchal é quase tão bonito como a voz do seu pai...
Anónimo disse…
A actual situação dos membros do Conjunto Academico João Paulo é a seguinte: O Carlos Alberto está a trabalhar no Casino da Madeira mas como pianista, o Angelo Moura tem 2 lojas de cds e dvs que chama-se CD Music, o Rui Brazão é médico em Lisboa, o João Paulo está desempregado e vive num lar em Lisboa..infelizmente teve uma trombose à + - 2 meses, mas está a recuperar muito bem, o Gualberto faleceu o ano passado...o novo CD do meu pai chama-se 40 anos a cantar, tem a exclusividade da empresa CD Music que curiosamente é do Angelo Moura...só foram lançados 1000 cds...eu sei que o meu pai ainda tem uns poucos destes cds..eu posso ver se estiver interessada??Cumprimentos para toda a familia
Anónimo disse…
Claro que estou interessadíssima no CD! Posso mandar-lhe um vale postal? (não acredito em «borlas», porque o trabalho criativo deve ser sempre pago, para poder continuar a ser feito)

Acha que é despropositado pedir-lhe que indique ao Paulo Esteireiro (particularmente) em que lar está o João Paulo, aqui em Lisboa? - Se for possível, gostaria de o visitar um dia destes. Mas claro que solicitarei autorização primeiro.

Os EPs do Conjunto Académico não são muito comuns de aparecer, hoje em dia. Valha-nos a Ebay, onde há sempre alguns em leilão (não sei se sabe, mas decerto saberá).

A última fase do grupo, que inclui músicas bastante interessantes, não aparece em nenhum dos CD's reeditados com a chancela da EMI-Valentim de Carvalho. Os que tenho, e cito de cor, são de 1996 (título genérico «Hully Gully do Montanhês», colecção Caravela) e de 2004 (título genérico «Milena», Colecção Caravelas - no plural). O primeiro reproduz aquela capa do EP cuja foto (da revista «Flama») era tirada num palheiro.

Para os eventuais interessados, passo a informação de que o segundo destes CDs ainda está à venda nas lojas da Baixa, aqui em Lisboa (passe a publicidade).

Onde seria aquele palheiro da capa do disco? - Pergunto isto porque as capas dos discos do conjunto são sempre giríssimas e em locais fáceis de identificar. Têm a da Casa dos Bicos, e uma outra giríssima, com a então recém-inaugurada ponte sobre o Tejo.

A ponte foi inaugurada quando eu andava no jardim-escola e pensei sempre que, com tantos motivos lisboetas nas capas, o Conjunto Académico João Paulo era todo de Lisboa! Veja lá os anos que levei a descobrir que, afinal, são da Madeira!
:-)

Quando eu tinha para aí uns 7 anos, colei na parede aquela capa do menino com os balões. Lembra-se?

Gostava muito que o Paulo Esteireiro fizesse um «post» com algumas capas, pois só ele pode fazê-lo aqui no blogue. Era fixe...
:-)

Abraços para si e para seu pai. Diga-lhe, por favor, que Lisboa já tem saudades dele! Se ele voltar a fazer um concerto no Casino do Funchal, vamos aí de propósito, pode crer!
Anónimo disse…
Caros Ruth e Daniel,
Eu também estou interessadíssima no novo CD. Não se esqueçam de mim, digam-me o que tenho de fazer para o obter( e.mail: ma.jo.ferreira@sapo.pt).
Ruth, eu sou de Vila Nova de Famalicão, devemos ter a mesma idade, sou professora e atrevo-me a dizer que não é mais fã do Sérgio do que eu(desculpe a arrogância!) Gostaria de trocar impressões consigo.
Um abraço para todos!
Anónimo disse…
Boa Tarde a todos, desculpem nunca mais ter aparecido...(mas isto está complicado de trabalho) :)..sei que o João Paulo está num lar na Cova da Piedade, agora não sei o nome do lar.Já falei com o meu pai e ele disse que iria falar com a editora do Angelo Moura, para enviar-me os novos cds de maneira que pudesse enviar-vos...o meu email é o: dborges01@hotmail.com para mais qlq informação...eu sei que o cd está só na Madeira pois foi como eu tinha dito, só foram lançados 1000...pois foi para comemorar os 40 anos a cantar, o preço vendido cá na Madeira é de € 15,00(se for para enviar é o mesmo preço)...é só dizerem-me que envio os cds e tb quantos querem?? Um Grande Abraço e já que o fim-de-semana está à porta...UM BOM FIM DE SEMANA COM MTA MÚSICA
Anónimo disse…
Se quiserem melhirar a informação sobre SG ou sobre o Conjunto podem fazê-lo através do wikipedia.

pt.wikipedia.org/wiki/Sérgio_Borges
tem um link para o CJP e para os festivais RTP.
Anónimo disse…
A RTP fez ontem 50 anos e convidou vários dos vencedores do festival, nãpo vi o Sérgio. Será que se esqueceram dele ou ele não pôde estar presente? Ao longo destes anos tem havido programas de variedades e o Sérgio nunca aparece, daí que eu tenha pensado que ele estivesse retirado da vida artística. Agora que sei que ele sempre esteve ligado à musica, não entendo este "afastamento". Será que a RTP se esquece que o Conjunto animou muitas das suas emissões e atraiu espectadores? Ou o Sérgio tem algum ressentimento para com ela?
barcarossa disse…
Pequena obra que estes Portugueses deixaram, mas grada a meus olhos.

Vamos passando palavra para que lhes seja feita justiça!
Anónimo disse…
Pedro Nunes:O Conjunto Académico João Paulo, é um dos grupos que mais me apaixonou pela sua música, letra e voz do Sérgio Borges. Fico triste que muitas das vezes não lhe seja dado o devido valor. Tantas homenagens, e não existe uma referência actual a este grupo que pelo o que ouvi dizer era bastante conhecido nos anos 60, 70,... (tenho 27 anos, infelizmente não tive o prazer de poder viver esses anos) mas podia sempre ouvir, vezes sem fim, os singles que o meu pai ainda guarda. Felizmente tenho agora um CD com os maiores êxitos do Conjunto. Fico feliz, ao ver que ainda existem pessoas que se recordam deste grupo e teimam em não se esquecer.
Faço votos para que o Sérgio Borges recupere rapidamente tal como o João Paulo.
Obrigado a todos os membros do grupo por nos presentearem com tão belas músicas!
Anónimo disse…
DOIS excelentes "videos" do Cnjunto no YOUTUBE. A nÃO perder, principalmente para os Madeirenses que, na altura, não podiam disfrutar da TV; os que ainda os não puderam ver na RTP Memória, podem, assim, vê-los agora e sentirem orgulho nestes musicos vindos dessa ilha. Eu que sou do continente, orgulho-me muito. Creio que ninguém fica indiferente ao ver tanto talento em rapazes tão jovens, numa época tão difícil.
Esteireiro, já estamos na Primavera, que tal um novo Post?
Anónimo disse…
lamento a morte do JOAO PAULO...ke tristeza...estar num lar...ele nao tinha familia ke o cuidasse???triste fim meu amigo,ke tanto dancei em moçambike ao som dos discos de vinil do conjunto.
nao sabia ke o baterista tb tinha falecido...bem novos....ke idade tinham???
os meus sentimentos ,se tem familia o joao paulo..num lar...tristeza,kem tanta alegria emanava,tanta juventude cantou e dançou com eles kuando iam a moçambike..SAUDADE...
Anónimo disse…
Pena que o autor do blogue se "esqueceu", também, de homenagear o João Paulo. Os "génios" costumam ser homenageados depois da morte, O João Paulo, que teve morte tão triste, nem essa sorte teve...
mia disse…
Parabéns pelo seu blog. Vou estar atenta. Trouxe-me muitas recordações da minha infância. Conheci de perto o grupo musical Conjunto Académico João Paulo devido à profissão da minha mãe. Passaram muitos anos e perdemos o trajecto individual do conjunto. Eram fantásticos. Para a minha geração, que na altura tinha 12 ou 13 anos, fizeram furor em Lisboa.Graças a eles, tanto eu como os meus pais, assistimos a um espectaculo no Monumental em Lisboa.Quanto ao Gualberto e ao João Paulo ainda estou comovida. Isabel
olá, estou a fazer um Blog dedicado aos fãs do Sérgio Borges e Conjunto Académico de João Paulo e coloquei uma ou outra coisa daqui. Se houver problema é só dizer que eu apago.
http://bloguedosergio.blogs.sapo.pt/