
Apesar de as “Pussycat dolls” já existirem desde meados da década de 90, “PCD” é o seu álbum de estreia. O grupo começou por ser constituído por dançarinas de telediscos, que foram reunidas por Robin Antin, para um projecto de dança mais ambicioso, criativo e original. Durante os cerca de 10 anos que antecederam este primeiro álbum, as Pussycat dolls actuaram no clube de Johnny Depp “Sunset Strip’s” (ao longo de seis anos) e mais tarde juntaram a vertente vocal ao espectáculo de dança, tendo actuado no nightclub “Roxy” – uma famosa discoteca americana, com espectáculos diários – por um breve período.
Tendo em consideração esta forte componente de dança, é natural que o CD áudio perca bastante da essência do grupo. Basta ver um teledisco das “Pussycat dolls” (“PCD”) para perceber que elas são melhores para os olhos do que para os ouvidos (pelo menos numa perspectiva masculina), sendo o grupo muito centrado num feminismo sexy, dominador e independente (“Power for the girls!)”, se bem que porventura demasiado superficial para os modelos feministas menos centrados na sexualidade e na adolescência.
O disco é bastante multifacetado incluindo vários géneros musicais ligados à dança, desde o “disco sound” (“I don’t need a man”), passando pelo estilo “cabaret” (em “Right Now”) e o “hip-hop” (em “Beep”), até aos mais quentes ritmos latino-americanos (“Sway”).

Apesar de alguns preconceitos inevitáveis acerca das “PCD”, o disco tem alguns – poucos – momentos musicais muito bons, infelizmente escondidos entre outros de gosto no mínimo duvidoso (o grande êxito “don’t cha” e a faixa “beep” são talvez os melhores exemplos do pior lado do grupo). No plano musical, as melodias são muito variáveis havendo temas melódicos demasiado centrados no ritmo – muito básicos e repetitivos – mas também existem temas melódicos exóticos e “swingados”, que conseguem aliar um bom ritmo a um sentido melódico admirável. As melodias principais são constantemente comentadas por coros divertidos e cheios de suspiros sensuais, que servem certamente para emocionar as almas masculinas mais carentes e necessitadas.
No plano emocional, o disco é só “love”. Todas as músicas estão centradas no tema do amor, numa perspectiva feminina indubitavelmente adolescente. Para quem quiser compreender e estudar a variedade dos sentimentos amorosos das raparigas “teenagers”, “PCD” é quase uma antologia científica tal é a diversidade de posicionamentos perante o amor: a inveja e o desejo de ter o homem de outra rapariga (“Don’t cha”); o contentamento com o namorado e o desejo que a relação não acabe (“Stickwitu”); a crítica ao rapaz que não está ao nível dela (“Buttons”); a independência amorosa perante o homem (“I Don’t Need a Man”); o desejo de ter de volta o namorado (“Hot Stuff”); os desenganos amorosos e a desilusão por ter sido “usada” (“How Many Times, How Many Lies”); etc.
O disco tem uma produção de nível superior, tendo as “PCD” contado com a colaboração dos compositores e produtores Will.I.Am dos Black Eyed Peas, Timbaland, Rich Harrison, Sean Garrett e Ron Fair.
Em suma, um bom disco para ouvir uma vez em cada dez anos. Já os telediscos...
The Pussycat dolls, “PCD”, 47’33’’, A&M Records
Comentários
continuem assim!!!
bjos
E tem mais pois te garanto que só pq elas te atraem por serem sexy elas atraem outras pessoas por cantarem bem.
pq puta q pariu, gostar dessas garotas lindas e genias, vc de ser um reprimido sexual q nunca foi felix na vida e fica tentando bancar o critico...¨ pra vc...
,,l,,(-.-),,l,,
talvez seja porque a sua voz de porco sendo degolado, e o seu corpo horrível e flácido nunca apareça na mtv ou faça sucesso, a não ser se for no prgrama do hermes e renato, e olha lá...