Ásia, África, América e Europa Ocidental. Tudo num único disco. Após “Namaste” e “buzz”, o terceiro álbum “Avatara” vêm comprovar que os Blasted Mechanism são um grupo musical à parte no panorama musical português. Ritmos frenéticos, voz impetuosa, sons electrónicos, instrumentos e temas melódicos exóticos são elementos musicais que em conjunto criam um mundo irreal bem para além do nosso quotidiano. Um bom exemplo dessa mistura explosiva é logo a primeira faixa do álbum “Blasted Empire”, onde são combinados motivos melódicos de raiz africanos, com ritmos de bateria, padrões de guitarra e efeitos electrónicos ocidentais, a que ainda se juntam um ou outro elemento asiático para criar um pouco de mistério na introdução e nos interlúdios. O resultado é uma canção enigmática que nos transporta para um universo paralelo e que merece o sucesso em qualquer parte do mundo. Esta fórmula musical é mais ou menos mantida com poucas variantes ao longo do restante álbum. Neste já designado caldeirão “Blasted Mechanism”, a voz e o estilo inconfundível da cantora Maria João encaixam na perfeição, sendo de salientar as faixas seis “Power On” e nove “Pink Hurricane”, que contam com a participação da cantora portuguesa e onde a sua voz “assemantizada” contribui para a manutenção da atmosfera fantástica e irreal.
Blasted Mechanism, “Avatara”, 56’52’’, Metropolitana
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